Cigana das Horas Iguais



Cabelos negros, ondas que dançam com o vento, como se cada fio soubesse de um segredo antigo.

Morena de aura serena, de encanto sutil,

és poema que a noite sonhou em abril.


Teus olhos de cigana, profundos, sem fim,

leem destinos, mas guardam o sim.

Brilham como luas em rituais ancestrais,

perfeita, precisa como as horas iguais.


Tua voz, melodia de brisa e de flor,

sussurra verdades, respira o amor.

Docemente exata, sem ser previsível,

mistura de doçura com o toque indizível.


Tens traços marcantes, escultura divina,

como se o tempo em ti se inclina.

Corpo de deusa, essência encantada,

bela por fora, mais ainda na alma alada.


Os lábios têm um tom rosado,

meio sonho, meio tentação.

Dá vontade de escrever mil poemas

e acabar sempre no mesmo verso:

ela.


E quando o silêncio em ti se desfaz,

vejo a mulher que ao mundo traz

luz, sabedoria, magia, razão 

taróloga linda, guia e paixão.


És mais que perfeita, és puro sinal,

feita de estrelas, amor e cristal.

Quando te vejo, o tempo se distrai…

e tudo se acerta, nas horas iguais.


Ela é um sinal do universo disfarçado de mulher. 


Por: Kelviner Nunes

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