A mim, minhas sinceras desculpas.
Eu tentei por vezes mas não pude chegar ao fim.
Não estou desistindo por fraqueza ou por outro motivo banal.
Por hoje eu só não tenho mais forças para me recompor quando eu não for o suficiente para você. Sou uma metade incompleta, um meio de uma historia sem um final feliz. E até que a morte nos repare seremos dois corações partidos sem brilho algum, sem alma, sem poesia, sem amor, sem arte. Até que a morte nos repare tentaremos nos curar de pessoas, situações e coisas que por nossa vida passaram. Acontece que eu não preciso me curar de você. Não tem como se curar de si próprio. Tem tanto de você em mim, tem tanto de você aqui que eu as vezes tenho a impressão de que vou te encontrar a qualquer momento. Sinto como se eu fosse te ver passando do outro lado da rua, mas sei também que isso é quase impossível, você odeia a Europa! Me disse uma vez que o frio não combina com você. Logo eu, que sempre fui quente, que sempre aqueci sou corpo nas nossas noites, logo eu que me doei por inteiro. Curei todos os traumas que outro cara te causou, sarei todas as suas feridas e acreditei estar sendo amado como eu amei você. Eu seria capaz de pular de um abismo pra te salvar, contaria cada grão de areia de qualquer praia do mundo por você. No fim, sobramos eu e o meu amor patético, doce de mais, profundo de mais. Realmente espero que sejas feliz sem dor, sem traumas antigos, prometo cuidar de todos os seus traumas, de todas as suas feridas afinal eu nunca as curei, descobri que as absorvi para mim. Você me transferiu suas dores e voltou a voar sã, livre de um peso no qual eu fui no seu passado. Continuarei um romântico incurável, me apaixonarei outra vez e só então também voarei. Tomarei todo cuidado do mundo para que ninguém sofra por minha causa o que você me fez sofre. Hoje te escrevo do chão gelado do meu quarto.
Por: Kelviner Nunes.
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